Citroen Berlingo Pick Up: Nosso primeiro Citroen

Essa pouca gente sabe, e só a Quatro Rodas levantou e publicou.Em 1997 a Citroen caminhava a passos largos para se tornar nacional, e preparava o primeiro projeto voltado exclusivamente parao mercado nacional.A marca desenvolvera uma não menos estranha Berlingo Pick Up, projeto exclusivamente nacional, e que poderia ter sido a primeira pick-up monovolume do mundo. A pitoresca pick-up, que possivelmente viria da Argentina, onde furgoneta era produzida. O mais engraçado é que a marca mirava Ranger e S10, que vinha fazendo sucesso na época com suas versões cabine simples. Custaria cerca de 8.000 menos que as rivais na epoca (segundo a Quatro Rodas de setembro de 97, R$16.500 reais) e excelente capacidade de carga. Segundo comentarios, o carro estava pronto, porém foi mas um reprovado nas clínicas.

Porsche Varrera: A "Heresia" que bateu na trave

Em meados de 1988, a VW estava investindo a todo vapor para lançar uma resposta a bem sucedida Renault Espace, a primeira minivan. Esse projeto viria a ganhar as ruas anos depois, sob o nome de VW Sharan, e originaria ainda a Seat Alhambra e uma versão Ford, a Galaxy (na Auroeuropa, versão europeia e mais bem sucedida de nosso Autolatina).Nessa época, ja existia na Porsche uma visão de diversificação de mercado, e a empresa viu no projeto a chance de atrair novos clientes com um carro mais espaçoso.

Eis que surgiu o projeto C88 (mesmo nome a ser usado mais tarde em um projeto chinês, assunto para mais para frente...), que deveria ganhar o nome de Varrera (Van + Carrera).Com o chassis original modificado para receber o motor boxer turbo e cambio de 6 marchas,além de usar a mesma carroceria da Sharan, alargada. O painel seria similar ao 911,e a frente traria farois ao estilo "Twingo". Essa fotos são os poucos resquícios do modelo, cujo projeto foi abandonado no ano seguinte e o prototipo destruído.

Smart Formore: O Smart que quase tivemos

Em 2001, a Mercedes começou a desenvolver o projeto de um novo Smart, baseado na arquitetura do fracassado ForFour, que vira a ser produzido na ociosa fábrica de Juiz de Fora (onde até hoje não se encontra uma solução).O principal alvo da marca seria os EUA, além do mercado brasileiro, que na época já se mostrava promissor com relação a crossovers. Em 2005 o carro já estava pronto inclusive com um concept para ser exibido em frankfurt (o modelo com vidros amarelos das fotos).

Porém, a Smart vinha dando prejuízos, o ForFour se mostrava um rotundo fracasso e o investimento no projeto estava muito alto, bem mais que o previsto. Foi quando a Mercedes encerrou a parceria com a Swatch e cancelou o projeto, investindo apenas nos modelos 2 lugares. Todas as unidades que eram usadas para teste foram destruidas e 2 ainda se encontram nos porões da Mercedes: o concept para Frankfurt e o modelo de produção.Boa parte do projeto foi utilizada para desenvolver o modelo GLK da marca alemã.

Lamborghini Canto: O touro que desafinou

Em 1992 a Lambroghini ja começava a desenvolver o modelo que sucederia o Diablo, porém dadas as dificuldades financeiras da empresa, o modelo deveria usar a mesma base do Diablo. Encomendado a Zagato, em 1995 o primeiro prototipo do projeto L147 foi apresentado, porem rejeitado pelo deisgn estranho e por parecer mais ultrapassado justamente que o Diablo

No inicio de 1998, a Lambroghini finalizava, as pressas, os ultimos testes do criticado e esperado sucessor do então defasado Diablo, o Canto, como seria o nome do modelo(e nem era nome de touto....) Flagras do modelo em revistas especializadas e criticas de engenheiros da propria marca deixavam os fãs apreensivos.

O modelo usava a mesma base ultrapassada do Diablo, com o motorV12 biturbo que teimava em render menos que no proprio Diablo. O acabamento era criticado pelos funcionários da marca, além do estranho e polemico design desenvolvio pelo Studio Zagato, com entradas de ar grotescas na traseira, farois estranhos e design desequilibrado.

Porem a marca ignorava as criticas, e corria para lança-lo em fins de 99,tentando a salvação da marca, que passava por graves problemas financeiros. Seria um triste "Canto do Cisne" para a marca do touro.

Porem, no incio de 1999 a marca foi adquirida pela VW, pelas mãos de Ferdinand Piech, que realizava sonho pessoal. Ao ter acesso ao Canto, vetou totalmente o projeto, encomendando novo design a Luc Donkerwolcke (designer da Audi a epoca) e encarregou a Audi de desenvolver a mecanica, e em 2001 finalmente chegou o aclamado e digno da marca, Murcielago.

UMM: O Off Road Portugues

Essa é uma grande desconhecida por aqui. Vamos falar Hoje da União Metalo Mecanica, ou simplesmente UMM, que produziu por mais de 30 anos um dos Off Roads mais cultuados na terrinha.

COURNIL


Logo após a segunda guerra, Bernard Cournil começa a produzir, na França, um modelo de jipe fortemente inspirado no jeep americano, inclusive aproveitando peças deste,porém adaptando as necessidades rurais da época. Com grande sucesso no mercado local, carente de novidades, trazia uma curiosa frente angular, que lhe conferia estilo próprio. Em carater totalmente artesanal, seguiu produzindo seus modelos até 1970, quando dificuldades financeiras levam a empresa a falência. O Filho de Bernard,tentou seguir a produção, se segurando até 1976, quando a empresa fechou as portas, dando origem a francesa Auverland (assunto para o futuro...) e a UMM em Portugal.

UMM

Em 1977 foi fundada a UMM, empresa que adquiriu os direitos de produção do Cournil ( A auverland francesa partiu para um projeto próprio) e manteve o veterano Cournil em produção, sendo um sucesso em Portugal e até mesmo na Espanha, graças a resistência no fora de estrada, chegando até a participar do Paris Dakar em 1982 (chegando ao final com 3 modelos).

ALTER

Em 1986, com o veterano Cournil totalmente ultrapassado, a UMM resolve reestilizar o veterano jipe.Desenhado por Carlos Galamba ( projetista de outro carro portugues, o Sado), mantinha a base, mas trazia mais requinte, com painel de fibra, interior requintado (dentro do possível), nova frente e novas versões.Modelo passa a ser montado em chassi mais longo e ganha versões 4 portas e pick up.
Em 1992, ciente que, embora tenha passado por sucessivas (recebendo inclusive motor BMW) , estava ficando velho no mercado, e investe no projeto do Alter III, um off road totalmente novo e também de um veículo menor, no estilo de um buggy.

O segundo ficou apenas no papel, mas o Alter III chegou a fase de protótipo, trazendo linhas mais modernas, sendo inclusive mostrado em feiras (foram produzidos 5 protótipos, sendo que 3 ainda existem). Porém, assim como foi feito aqui com IBAP e tantas outras, o governo português negou aporte financeiro a empresa, o que relegou o ALter III a galeria dos eternos protótipos.No ano seguinte, quando a marca realizou as ultimas mudanças no modelo (novos

painel e rodas), a marca sofre seu ultimo golpe, quando perdeu uma concorrencia do governo para compra de centenas de jipes (preterido pelo Nissan Patrol). No ano seguinte a marca encerra a produção em série, porém seguiu produzindo

sob encomenda até 2004(inclusive alguns modelos melhorados em 1999 com chassi longo, usados por empresas de safari). Em 2006 a marca desfaz-se definitivamente dos ferramentais e muda de ramo.

Abaixo, imagens do Alter III